terça-feira, 20 de outubro de 2009

Salve salve!!

Então tchurminha, estou reciclando esse blog, com ele minhas ciclo frankenxperiências.
E quais os próximo capítulos?

* Pintura e reforma da bike da casa da lagartixa preta - Branquinha no melhor estilo Provos de ser.
* Fixar minha bike
* Bicilavadoura - aguardem

até!!

terça-feira, 20 de março de 2007

Bicicleta faz 269 Km/l

Olhem só!! Um cara calculou quantas calorias havia em um galão de gasolina e viu o quanto ele conseguia andar de bicicleta com essa energia. Surpreendente!!! Ele fez fez isso com acompanhamento e os cálculos tem razoável precisam.

http://onegallon.blogspot.com/2006_06_01_onegallon_archive.html

sexta-feira, 9 de março de 2007

I'll give you anything, ev'rything... if you want things.


I've got a bike.
You can ride it if you like.
It's got a basket, a bell that rings and
Things to make it look good.
I'd give it to you if I could,
but I borrowed it.
You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, ev'rything
if you want things.
(...)





imagem: www.turtlemoon.com
letra: bike - pink floyd(syd barrett)

domingo, 4 de março de 2007

Cidadãos da Terra

"Basta com o asfáltico terror da classe média motoriazada! Todo dia, as massas oferecem novas vítimas em sacrifício ao último patrão a quem se dobraram: a auto-ridade. O monóxido de carbono é seu incenso. O barulho de centenas de buzinas e motores é seu mantra sagrado. A visão de milhares de automóveis infecta ruas e avenidas. A bicicleta poderá nos libertar desse monstro, porque é um meio de transporte mais humano e reencantado.
O AUTOMÓVEL é um meio de transporte que só se pode admitir em zonas escassamente habitadas. Os automóveis são meios de transporte perigosos e totalmente inapropriados para a cidade. Existem meios melhores e mais sofisticados para nos deslocarmos de uma cidade para outra. O automóvel representa uma solução ultrapassada para esse tipo de utilização. Não há mais tempo para políticas institucionais e velhos expedientes. Aquilo de que necessitamos neste momento é uma solução radical: NÃO AO TRÂNSITO MOTORIZADO! SIM ÀS BICICLETAS COLETIVAS.
O ambiente social das cidades é ameaçado pela caótica explosão do trânsito, que, em si, nada mais é do que ridiculamente levar às últimas consequências o direito de propriedade. O número de carros estacionados é cada vez maior, sempre maior que o daqueles em movimento. O uso do automóvel perdeu sua vantagem maior: fornecer um meio de transporte rápido de um lugar para outro. O depósito de propriedades privadas em solo público (o estacionamento, como se costuma chamá-lo) engole não apenas o espaço desstinado ao fluxo do trânsito, mas vai também devorando, dia após dia, pedaços cada vez maiores do espaço vital. Só se pode obter um uso eficiente do veículo a motor mediante a utilização coletiva do total de carros, e esse total deve ser limitado ao número realmente necessário. É escandaloso ver uma porção de pessoas caminhando debaixo da chuva quando, na rua a seu lado, há tantos carros inutilmente estacionados, travando o trânsito. Também eles poderiam muito bem estar sendo utilizados.
A elite motorizada age com arrogância porque sabe que a indústria e a polícia estão do seu lado, levam a cabo seus crimes porque tem certeza de que terão respaldo. São consumidores hidrocarburodependentes, mimados pelos traficantes de petróleo: as companhias petrolíferas, que criam e moldam governos, estilos de vida, espaços urbanos e paisagens geográficas conforme suas necessidades. As companhias petrolíferas e os hidrocarburodependentes estão empenhados em criar um mundo em que ir ao trabalho, à escola, fazer compras ou divertir-se sem sentar a bunda num automóvel e sem deixar uma pequena oferta em dinheiro à indústria se tornará impossível. Os motoristas utilizam um meio de transporte social e ambientalmente irresponsável e irracionalmente legal, que todo ano lança na atmosfera uma quantidade de substâncias equivalente a seu peso.
A bicicleta simboliza a reivindicação do direito de e do prazer de não seguir os modelos de consumo, de não consumir. A bicicleta é a reencarnação do cavalinho-de-pau dos dadaístas. Mas, do ponto de vista mítico, a bicicleta é muito mais: é um istrumento primário de iniciação. Pensem bem: jamais alguém que nos queira mal poderá nos ensinar a pedalar. Como em toda iniciação que se preze, há perda de sangue, e a ferida que marca a distinção (os joelhos e as mãos arranhadas). E a maravilha de perceber o próprio corpo entrando em harmonia, superando o embaraço inicial dos novos movimentos! A consciência repentina de que o verdadeiro equilíbrio está antes no movimento corporal do que no estatismo. A renovada intimidade com nosso sistema neuromuscular auxiliada pela oração chiante das rodas no asfalto. Uma meditação completa, em contemplação ativa, entre a paisagem e o fluxo do trânsito, os quais, enquanto você está pedalando, trocam de papéis: em movimento a primeira e congelado o segundo. Assim como nadar e fazer amor, andar de bicicleta está programado em alguam ponto de nossos genes: uma vez que se aprendeu, é impossível esquecer. O modelo nunca ultrapassado do deslocamento socialmente responsável, sem desperdício de recursos, sem agressão à Mãe Terra, não estressante e, como se não bastasse,divertido.
O grau de civilização de um país é diretamente proporcional ao respeito que ele tem pelos próprios ciclistas. Andar de bicicleta não implica nenhuma estúpida exibição de poder, requer apenas otimismo e coragem. Veículo igualitário, propiciador da intimidade (nunca deram carona no cano ou na garupa para ninguém), a bicicleta é granola dos meios de transporte. Se os povos pré-colombianos ignoravam a roda para os deslocamentos, só a utilizando para os brinquedos, se os tibetanos a concebiam exclusivamente para seus instrumentos de oração, a bicicleta é a síntese esplêndida de todas as utilizações possíveis da roda: jogo, transporte e oração."

André Luís Gomes



Aquecimento Global


sábado, 24 de fevereiro de 2007

"O primeiro que tendo cercado um terreno se lembrou de dizer: - Isto é meu! - e encontrou pessoas bastante simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: - Livrai-vos de escutar esse impostor; estareis perdido se esquecerdes que os frutos são de todos, e a terra de ninguém! - "
Jean-Jacques Rousseau

Falas de Civilização

Falas de Civilização - Fernando Pessoa(Alberto Caiero)

Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as cousas humanas postas desta maneira.
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as cousas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!